
Você já ouviu falar em ruminação? Se não ouviu, provavelmente já experimentou.
É um processo natural, todos ruminamos quando o humor está deprimido e em algumas patologias, como na depressão, ela pode acarretar um grande sofrimento psíquico.
O processo de ruminação ocorre através de pensamentos negativos que se apresentam de forma persistente. Eles são marcados por serem inflexíveis e por girar em torno de um tema comum. Surgem independente de circunstâncias ambientais e não são direcionados a um objetivo ou à resolução de problemas, sendo assim demasiadamente improdutivos.
Alguns exemplos: “Por que sempre erro?”; “Por que sempre reajo assim?”; “Por que não lido bem com tal situação?”.
As consequências desse processo a médio e longo prazo são as seguintes: diminuição da capacidade de resolução de problemas, rebaixamento da motivação, diminuição da concentração e da capacidade de raciocínio, inibição comportamental, aumento de conflitos e isolamento. Essas consequências geram um impacto importante no estado emocional do indivíduo o que pode desenvolver ou agravar quadros de depressão.
Como podemos tratar? Tendo em vista o possível quadro de depressão que leva à manifestação do processo ruminativo, o foco na psicoterapia será a flexibilização dos pensamentos negativos e consequentemente das crenças em torno desses pensamentos. Como processo final, teremos o aumento da habilidade de resolução de problemas e a construção de novos pensamentos e crenças, o que resultará ao indivíduo, um aumento na percepção de sua autoeficácia e melhor relacionamento no seu ambiente de convívio.
Fonte: A contribuição do autocriticismo e da ruminação para o afeto negativo, de Vânia Amaral, Paula Castilho e José P. Gouveia. Revista Psychologia (52-II), páginas 271-292, Imprensa da Universidade de Coimbra, Portugal, 2010.
Quando é indicada a Avaliação Neuropsicológica?
geralA avaliação neuropsicológica é sugerida quando há algum prejuízo ou uma mudança cognitiva, afetiva e/ou social. Nesse caso, quando os recursos cognitivos, como a atenção e a memória, por exemplo (entre outros), não são suficientes para o indivíduo manejar sua vida acadêmica, profissional ou social, como no caso dos transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e os Distúrbios da Aprendizagem.
Além disso, em casos que há algum dano no sistema nervoso central, como no Traumatismo Cranioencefálico, na Epilepsia, nos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e no Transtorno Neurocognitivo Maior (antigamente denominado como demência) também há indicação. A avaliação, nessas situações, fornece os parâmetros necessários para as comparações do padrão cognitivo e comportamental do paciente de tempos em tempos, bem como controla as respostas às medicações.
Percebe-se, desse modo, a importância da neuropsicologia para o diagnóstico e acompanhamento do tratamento, e entendimento e manejo de diversos quadros, como os transtornos do neurodesenvolvimento, os quadros neurológicos, as manifestações psiquiátricas e mesmo as doenças, anteriormente citadas, que afetam o sistema nervoso central (SNC).
Fonte: Fuentes, D. et al. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2014.
O que é Neuropsicologia?
geralA neuropsicologia é a área que estuda as relações entre o sistema nervoso central, o funcionamento cognitivo e o comportamento. Para investigar tal relação, utiliza-se, no contexto clínico, a avaliação neuropsicológica, cujos objetivos são: investigar a natureza e o grau de alterações cognitivas e comportamentais; monitorar a evolução de quadros neurológicos e psiquiátricos, bem como tratamentos medicamentosos e cirúrgicos e planejar e monitorar programas de reabilitação para as alterações encontradas. Nesse sentido, a avaliação neuropsicológica se divide em três partes, que são:
1) Entrevista clínica: na qual o profissional obtém informações sobre o quadro atual, alterações cognitivas e comportamentais e o impacto destas nas atividades de vida diária do indivíduo. Também, antecedentes pessoais e familiares são importantes;
2) Aplicação de instrumentos: nessa etapa são utilizadas escalas e testes padronizados a fim de estabelecer o perfil neuropsicológico do avaliando;
3) Laudo e devolutiva: a partir da história e observação clínica, somado as informações quantitativas mostradas pelos testes, constrói-se o raciocínio clínico a respeito da conclusão diagnóstica. A partir dos achados será possível, então, estabelecer a orientação, tratamento e/ou planejamento da reabilitação cognitiva.
Embora a neuropsicologia tenha sido reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia como especialidade, ela é uma área da neurociências, multidisciplinar e tem interface e complementariedade com campos como a neurologia, psiquiatria, geriatria, fonoaudiologia e pedagogia.
Fonte: Miotto, E.C. et al. Neuropsicologia Clínica. Rio de Janeiro: Roca, 2017.
Distorções Cognitivas
geralAs distorções cognitivas são caracterizadas como interpretações enviesadas da realidade. Não são baseadas em evidências e geram inúmeras consequências emocionais e comportamentais negativas. Pessoas que sofrem de depressão e ansiedade, têm uma visão da realidade na qual as distorções cognitivas exercem um papel predominante no funcionamento cognitivo.
Importante ressaltar que todos nós apresentamos algum nível de distorções cognitivas e não necessariamente isso representa um problema de saúde mental. No entanto, a partir do momento que a presença desse processamento cognitivo enviesado começa a comprometer o nosso funcionamento emocional e as nossas relações interpessoais, então talvez seja o momento de buscar ajuda psicoterapêutica. Saber identifica-las nos ajuda a ter uma visão mais realista dos fatos e aumenta a nossa capacidade de resolução de problemas.
Fonte: Serra AM. Estudo da terapia cognitiva: um novo conceito em psicoterapia. Revista Psicologia Brasil, 2006.
Atividades prazerosas
geralComo criar atividades prazerosas
Cuidados a serem tomados
(a) Comprometa-se com seu planejamento;
(b) Lembre que um estilo de vida “equilibrado” não significa um número exatamente igual para deveres e prazeres. “Equilibrado” refere-se ao grau de satisfação com o próprio dia-a-dia;
(c) Preveja os problemas que poderão interferir em seus planos;
(d) Esteja certo de que as atividades escolhidas são de fato prazerosas.
O que é Neuropsicologia?
geralA neuropsicologia é a área que estuda as relações entre o sistema nervoso central, o funcionamento cognitivo e o comportamento. Para investigar tal relação, utiliza-se, no contexto clínico, a avaliação neuropsicológica, cujos objetivos são: investigar a natureza e o grau de alterações cognitivas e comportamentais; monitorar a evolução de quadros neurológicos e psiquiátricos, bem como tratamentos medicamentosos e cirúrgicos e planejar e monitorar programas de reabilitação para as alterações encontradas. Nesse sentido, a avaliação neuropsicológica se divide em três partes, que são:
1) Entrevista clínica: na qual o profissional obtém informações sobre o quadro atual, alterações cognitivas e comportamentais e o impacto destas nas atividades de vida diária do indivíduo. Também, antecedentes pessoais e familiares são importantes;
2) Aplicação de instrumentos: nessa etapa são utilizadas escalas e testes padronizados a fim de estabelecer o perfil neuropsicológico do avaliando;
3) Laudo e devolutiva: a partir da história e observação clínica, somado as informações quantitativas mostradas pelos testes, constrói-se o raciocínio clínico a respeito da conclusão diagnóstica. A partir dos achados será possível, então, estabelecer a orientação, tratamento e/ou planejamento da reabilitação cognitiva.
Embora a neuropsicologia tenha sido reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia como especialidade, ela é uma área da neurociências, multidisciplinar e tem interface e complementariedade com campos como a neurologia, psiquiatria, geriatria, fonoaudiologia e pedagogia.
Fonte: Miotto, E.C. et al. Neuropsicologia Clínica. Rio de Janeiro: Roca, 2017.
O que é raiva?
geral00Raiva é uma emoção que faz parte do humano e do nosso funcionamento. Senti-la é algo perfeitamente normal e inclusive podemos experimentá-la em diversos momentos em um único dia. A raiva em si não é boa e nem ruim, depende da forma como a manejamos. Sendo assim, podemos dizer que ela possui efeitos construtivos e destrutivos
Efeitos destrutivos:
Efeitos construtivos:
Como lidar com a raiva de forma construtiva:
–
– RELAXE…..
– VÁ COM CALMA…..
– RESPIRE FUNDO…..
– CONTE ATÉ DEZ….
– DEVAGAR….
– NÓS VAMOS CUIDAR DISSO, MAS COM CALMA….
– Meu pensamento a respeito dessa situação ou pessoa á verdadeiro?
– O que está me deixando com raiva?
– Será que não estou com raiva porque estou esperando muito de mim mesmo ou alguém?
– O que é melhor pra mim aqui? Qual minha meta nesta situação?
– Ficar com raiva me ajuda ou atrapalha?
– Existe algum problema que precisa ser resolvido?
Posso resolvê-lo? Se sim, como? (implemente a solução). Não posso resolvê-lo, posso então diminuí-lo?
– Se não puder diminuir o problema então pense o seguinte: Não podemos resolver todos os problemas, principalmente os problemas cujas resoluções necessitem de outras pessoas. Também precisamos aprender a nos adaptar e conviver com problemas de forma a nos causar o mínimo prejuízo possível.
Habilidade de Solução de Problemas.
geralMuitas pesquisas apontam que pessoas que possuem transtornos de ansiedade ou de depressão são maus solucionadores de problemas. A manutenção de pensamentos negativos e de comportamentos desadaptativos contribuem para o aumento dessa dificuldade.
A terapia cognitivo-comportamental possui ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de habilidades de solução de problemas. Uma das estratégias adotadas é o passo-a-passo descrito abaixo:
Caso o problema não seja resolvido, retorne ao item 2 e repita o passo-a-passo.
Quanto maior a capacidade de solução de problemas, maior será a funcionalidade do indivíduo e de suas relações em termos cognitivos, emocionais e comportamentais.
Fonte: Serra AM, Estudo da terapia cognitiva: um novo conceito em psicoterapia, 2006.26
Metas de Psicoterapia – SMART
geralMetas de Psicoterapia
Ferramenta SMART
S – Specific
M – Mensurable
A – Attainable
R – Relevant
T – Time based
Gostou dessa ferramenta? Experimente colocá-la em prática.
Conte conosco para ajudar.
Fonte: Livro Ciclos de Manutenção em Terapia Cognitivo Comportamental, de Êdela A. Nicoletti e Mariana F. Donadon (Org.), Editora Sinopsys, Novo Hamburgo, 2019.
Depressão
geralGrande parte das pessoas já se sentiram deprimidas em algum período da vida. Esse estado de humor mais rebaixado é uma condição comum e presente em nosso cotidiano e não necessariamente precisa de uma intervenção psicoterápica ou psiquiátrica. No entanto, infelizmente em alguns casos não é apenas uma questão pontual e de curto período, mas sim uma patologia altamente debilitante para a pessoa e os que convivem com ela.
A depressão está dentro do grupo de Transtornos de Humor. Eles são caracterizados por manifestações afetivas inadequadas em intensidade, frequência e duração. Podem ser recorrentes e incapacitantes, gerando prejuízos à vida da pessoa.
Dentre os sintomas, podemos destacar: sentimentos de tristeza, angústia e desesperança, baixa autoestima, incapacidade de sentir prazer, ideias de culpa, ruína e desvalia, visões pessimistas do futuro e pensamentos recorrentes sobre morte. Alterações de sono, de apetite e de função sexual também fazem parte da sintomatologia desse transtorno.
As causas da depressão são consideradas multifatoriais por advirem de uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais e de desenvolvimento.
O tratamento contempla a psicoterapia e em alguns casos o uso de antidepressivos (indicados por médicos psiquiatras). Na terapia o foco inicial é na redução de sintomas, retomada e\ou construção de um novo repertório de atividades de interesse. Na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental, buscamos identificar os pensamentos inflexíveis e distorcidos, trabalhar a ativação de comportamentos mais adaptativos e ampliar a capacidade de resolução de problemas do indivíduo.
Fonte: Livro Neurobiologia dos Transtornos Mentais, de Marcus L. Breandão e Frederico G. Graef. Editora Atheneu. São Paulo, 2014.
Ruminação
geralVocê já ouviu falar em ruminação? Se não ouviu, provavelmente já experimentou.
É um processo natural, todos ruminamos quando o humor está deprimido e em algumas patologias, como na depressão, ela pode acarretar um grande sofrimento psíquico.
O processo de ruminação ocorre através de pensamentos negativos que se apresentam de forma persistente. Eles são marcados por serem inflexíveis e por girar em torno de um tema comum. Surgem independente de circunstâncias ambientais e não são direcionados a um objetivo ou à resolução de problemas, sendo assim demasiadamente improdutivos.
Alguns exemplos: “Por que sempre erro?”; “Por que sempre reajo assim?”; “Por que não lido bem com tal situação?”.
As consequências desse processo a médio e longo prazo são as seguintes: diminuição da capacidade de resolução de problemas, rebaixamento da motivação, diminuição da concentração e da capacidade de raciocínio, inibição comportamental, aumento de conflitos e isolamento. Essas consequências geram um impacto importante no estado emocional do indivíduo o que pode desenvolver ou agravar quadros de depressão.
Como podemos tratar? Tendo em vista o possível quadro de depressão que leva à manifestação do processo ruminativo, o foco na psicoterapia será a flexibilização dos pensamentos negativos e consequentemente das crenças em torno desses pensamentos. Como processo final, teremos o aumento da habilidade de resolução de problemas e a construção de novos pensamentos e crenças, o que resultará ao indivíduo, um aumento na percepção de sua autoeficácia e melhor relacionamento no seu ambiente de convívio.
Fonte: A contribuição do autocriticismo e da ruminação para o afeto negativo, de Vânia Amaral, Paula Castilho e José P. Gouveia. Revista Psychologia (52-II), páginas 271-292, Imprensa da Universidade de Coimbra, Portugal, 2010.